Mariana: adiado o prazo para o pagamento da multa de R$1,2 bi

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A Justiça concedeu à Samarco e às acionistas Vale e BHP Billiton, no dia 12 de dezembro de 2016,  a prorrogação do prazo para que seja feita a complementação de depósito no valor total de R$1,2 bilhão. O processo estava em trâmite na 12ª Vara Federal da Seção Judiciária de Belo Horizonte, que decidiu estender o prazo em 30 dias. O valor depositado será utilizado para prevenir futuras medidas reparatórias.

A decisão de cobrar que a Samarco arque com os custos foi feita em novembro e, na ocasião, também foi determinado que a empresa deverá realizar nova perícia na barragem de Fundão com o propósito de determinar que não há mais riscos de vazamento.

O rompimento da barragem em Mariana, no interior de Minas Gerais, ocorreu em novembro de 2015 e foi o maior acidente ambiental do País. Por causa do desastre, a cidade de Bento Rodrigues foi completamente devastada, deixando pessoas desabrigadas e com acesso limitado a água, além de 19 mortos.

As consequências ambientais também foram terríveis e provavelmente irreversíveis, com milhares de litros de água contaminados e destruição de ecossistemas da região.  A lama que cobriu as proximidades da barragem tornou o solo infértil, fator que eventualmente levará à extinção do ambiente que existia antes do rompimento.

Com a contaminação do Rio Doce, todas as espécies marinhas morreram devido à falta de oxigênio na água. Como consequência, aqueles que dependiam da pesca como atividade econômica e para a alimentação também sofreram consequências de todos os tipos, inclusive financeiras. Além disso, o Rio Doce desagua no mar e, por isso, é esperado que a vida marinha e em especial os corais da região de Abrolhos, ao sul da Bahia, sejam afetados.

Em pesquisa encomendada pela Samarco, empresa responsável pelas barragens em Mariana, já apareciam falar de drenagem na barragem Fundão desde 2009. Inclusive, entre as tentativas de reparo, está a ampliação da barragem sobre solo instável. Ainda de acordo com o estudo encomendado pela Samarco, que foi realizado em novembro do ano passado, é possível que tenham ocorrido pequenos abalos sísmicos antes do rompimento, desestabilizando ainda mais a barragem que já estava prejudicada.

Por iG São Paulo |

 

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